sexta-feira, 6 de novembro de 2009 01 de Setembro de 2012 - Gregory e Elena, vocês têm 5 minutos para descer ou vão conseguir perder o trem da escola.- gritei ao pé da escada chamando meu filho mais velho, Greg e minha sobrinha Elena, que havia dormido na minha casa, porque meu irmão tinha tido um encontro. - Cadê Ivan? – perguntei quando avistei dois pares de olhos azuis e cabelos escuros, me olhando do primeiro andar. - Ele não vai para a estação com a gente, tá emburrado no quarto. – Greg respondeu enquanto empurrava o malão junto com a prima, e quando percebi que eles tinham a intenção de fazer aquele malão rolar escada abaixo, saquei a varinha e o levitei colocando-o perto da porta. – e eles sorriram marotos. - Vou falar com ele...- comecei a subir as escadas e Greg disse: - Mãe, ele só está chateado por não poder ir este ano comigo, você não sabe que nós garotos precisamos de algum tempo só para nós quando estamos chateados? É a tal coisa do ‘espaço’ que o papai falou, sabe? - e eu me segurei para não rir, enquanto balançava a cabeça assentindo. Afinal mesmo ele tendo onze anos e indo estudar longe de casa, ele ainda seria o meu bebê, e ele completou: -E ele me disse que vai me escrever, vai ficar tudo legal mamãe.- disse me abraçando espontaneamente. Já sentia falta dele. - Ontem você disse que tinha uma reunião importante hoje no trabalho, tia Milla, e o Ivan vai acabar dormindo, sabe que ele fica ranzinza de manhã. Olhem é o papai. – disse Elena, enquanto ouviamos uma buzina do lado de fora, e antes que eu dissesse mais alguma coisa, meu irmão buzinou novamente. Olhei novamente para o alto da escada esperando meu caçula aparecer, mas ele não veio. Ivan era um ano mais novo que o irmão e até a carta de Dursmtrang chegar para Greg, eles iam juntos à escola, e como eram muito unidos e com quase a mesma altura, tinham os mesmos amigos e muitas vezes eram confundidos com gêmeos. Quando eu voltar do trabalho converso com ele, talvez até o leve para sair... Foi meu pensamento enquanto ia para o carro, e meu irmão após ajeitar os malões no porta-malas ampliado magicamente, nos levou para a estação de trem em Sofia, onde Greg e Elena embarcariam rumo a Durmstrang. Greg iria para o primeiro ano da Ansuz e ficaria hospedado na Spartacus, e Elena cursava o segundo ano da Othila, e para minha alegria morava na Avalon. A estação estava agitada com muitos pais indo se despedir de seus filhos, e após abraços e recomendações, Greg e Elena entraram logo no trem, e após acenar para os pais várias vezes, correram para o vagão das bagagens, e encontraram o malão e o abriram. - Nossa, vocês demoraram, eu tava cozinhando ai dentro.- resmungou Ivan, enquanto saia do malão. - Mamãe não parava de acenar para o trem. Você tá legal?- quis saber Greg, ele sempre cuidava de Ivan. - Estou morrendo de fome. Comi pouco no café da manhã... - Pára de resmungar e vem com a gente,vamos para a cabine. – disse Elena animada. Os garotos foram para a cabine onde alguns colegas de Elena estavam e se divertiram muito enquanto a aventura apenas começava. Tarde da Noite.... - Estou em casa!- gritei já da porta e esperei que Ivan viesse ao meu encontro. Isso era o que ele e o irmão faziam quando eu ou Iago chegávamos em casa. Como Iago havia viajado para jogar pela Liga Européia, e não conseguiu uma chave de portal para voltar para casa nesta noite, seriamos apenas eu e Ivan, e para ajuda-lo a superar a separação do irmão, eu comprei as coisas que meu caçula mais gostava de comer, e até comprei um novo jogo de video game para ele se distrair. Sim, eu ia apelar pra chantagem, afinal quem não faz isso? Deixei as coisas na cozinha, e estranhei ela estar toda arrumada. Chamei Ivan novamente e ninguém respondeu, e me preocupei. Subi as escadas rápido e entrei no quarto dele. Vi que havia uma forma em cima da cama, e me aproximei para acorda-lo e para minha surpresa, eram travesseiros. Olhei ao redor do quarto e notei que faltavam as coisas que ele geralmente deixava jogadas pelo quarto e de repente percebi o que havia acontecido. Ivan havia ido atrás do irmão na escola. Peguei um casaco e voltei para o Ministério, iria pedir uma chave de portal para Durmstrang e se tivesse sorte chegaria lá antes do banquete, pegaria Ivan e voltaria para casa. Cheguei no Ministério e esbarrei em alguém que ia saindo. - Desculpe.- disse sem olhar quem era e a pessoa me segurou. - Milla? O que houve? Porque está tão agitada assim?– e era Luka e não tive muita paciencia. - Me solta, preciso de uma chave de portal de emergencia e se eu ficar aqui não vou conseguir...- me desvencilhei dele e ia rapido para o balcão e notei que ele caminhava do meu lado. - O que foi que aconteceu? Tem alguém doente?? - Meu filho foi para Durmstrang, preciso ir busca-lo.- respondi querendo que ele fosse embora, mas ele insistiu: - Mas ele não tem que estar indo para lá? - Ivan ainda não tem idade para ir até lá, ele foi atrás do Greg e da Elena. Ah quando eu pegar aquele garoto, vou torcer a orelha dele...- falei irritada. - Você não pode ir até lá assim, está nervosa e vai fazer o menino passar vergonha, e é o tipo de coisa que ninguém se recupera. - Ora, cale a boca Luka e não se meta. Vou buscar meu filho. Chegamos ao balcão e o guichê estava fechado, ainda faltavam cinco minutos para encerrar o expediente e não havia mais ninguém lá. - Eu não acredito nisso. Vou reclamar com o chefe desta pessoa... Como vou até a escola? Ivan não pode ficar lá esta noite, vai dormir aonde?Ele não tem idade para estar lá e sozinho...- eu estava tão nervosa que fiquei sem reação quando Luka pegou a minha mão e me puxou para fora do Ministerio: - O que você esta fazendo Luka? Solte-me, preciso ir atrás do meu filho. - Se você quer o seu filho, nós vamos busca-lo. Vamos aparatar até lá, e depois aparatamos de volta. – e de repente ele me abraçou forte, me deixando sem reação e eu senti o costumeiro puxão no umbigo, enquanto ele aparatava. Aparatamos no vilarejo e o trem já estava totalmente vazio e as bagagens já haviam sido enviadas para as repúblicas. Pela hora já deviam estar no banquete do castelo. - Você não tinha o direito de fazer isso...Eu sei e posso aparatar sozinha, sabia?- disse o encarando. - Sim, você pode, mas está tão irritada que poderia se partir no processo e dar trabalho. Aceite ajuda quando alguém oferece e deixa de ser mal agradecida. Você vai buscar o seu garoto ou vai ficar ai? Caminhei ao lado dele e chegamos até a Spartacus e ela estava vazia. Notei que Luka olhava a tudo com uma expressão saudosa e sentou-se no sofá da sala deles. Ele sorriu para mim e perguntou: - Será que ainda tem a corrida até o lago congelado, deve estar uns 10°C abaixo de zero. No ponto para um mergulho. Era dificil vencer o Max. - Acho que isso era na nossa época Luka, hoje eles são mais modernos. - Fiquei andando de um lado a outro, para matar o tempo, e quando a porta se abriu vários garotos fazendo bagunça entraram, Greg e Ivan estavam junto com eles e meus filhos estavam molhados. E arregalaram os olhos quando me viram: - Mãe! - O que foi que aconteceu?- perguntei e antes que eles me respondessem Luka disse: - Ahá! Ainda fazem a corrida ao lago congelado, algumas coisas não mudam. Quem venceu?- olhei feio para Luka e Greg disse: - Não fique zangada com o Ivan, a idéia foi minha.- olhei para Ivan e ele disse baixo: - Greg não tem culpa, eu queria vir, você sabe que eu posso acompanhar as aulas e tudo o mais...- e um garoto com uns dezessete anos, que devia ser o presidente da Spartacus disse: - Algum problema com os calouros Karkarof senhora? -Sim, este ano só há um calouro Karkarof, Ivan ainda não tem idade para estar aqui. - Não tem idade? Mas ele mergulhou no lago como todos e até venceu a prova de natação. Ele disse que era gêmeo do Gregory. E se ele é mais novo isso pode dar problema para a república ...- e os garotos se mexeram desconfortáveis e encararam os meus filhos. Luka pigarreou e tomou a palavra: - Como um antigo membro da Spartacus, me lembro bem do regulamento. Acredito que não haverá sanção porque não houve uma quebra intencional das regras da República. Segundo o artigo quinze, inciso 9, o calouro que ganhar a prova da corrida ao lago, ganha o direito à impunidade por período a ser determinado pelo presidente,se não causou nenhum prejuizo aos seus irmãos. Como o calouro Ivan venceu a prova, ele ganha a impunidade, como ele não pode ser um calouro, o segundo lugar é do... - Eu cheguei em segundo lugar.- disse Greg e vi que Luka trocou um sorriso cumplice com meu filho e isso me revirou o estômago, e Luka disse: - Como Ivan não é um calouro de fato, a vitória dele no lago não conta, então o vencedor é o Gregory e como ele não prejudicou a república, ganha o direito de não ser punido. Claro que ninguem quer ter que reportar isso ao diretor, e ser considerado um presidente relapso, por não identificar um falso aluno na corrida e tê-lo instalado na república. Não é verdade? – e vi o garoto mais velho engolir seco e dizer: - Você deve ir com a sua mãe Ivan, ano que vem você está de volta. Spartanos, hora de se recolher! - disse o garoto e enquanto os outros iam para os quartos eu olhei para Greg e disse: - Quando você voltar, pode ter certeza que seu pai vai conversar com você, esta aventura me deixou apavorada. – passei a mão no rosto dele e o soltei. Meus filhos se abraçaram se despedindo. - Valeu por tentar me ajudar a vir pra cá, adorei cada segundo, mano. Espero que não dê problemas para você. – disse Ivan e Greg respondeu: - Se cuida e no final do ano a gente se vê e não se preocupa comigo. – e olhou para Luka: - Obrigado por citar o regulamento da república, me livrar e tudo o mais. Fico devendo.- e apertou a mão de Luka todo formal, e para meu horror, ali ficava explicito o quanto os dois eram muito parecidos. Ainda bem que só estava ali conosco o presidente da república e não me parecia alguem que reparava muito em detalhes. Nos despedimos e vi que Luka falou algo com o garoto mais velho, e se despediram com um bom aperto de mão. Tudo o que eu queria era me afastar dali o mais rapido possivel. Ivan ia caminhando junto a mim, sabia que ele estava triste, mas eu ainda queria explicações pela aventura que por sorte terminou bem. Caminhamos até uma área de onde poderiamos aparatar e eu segurei Ivan, quando Luka abraçou a nós dois e aparatou perto de minha casa. Apesar de ficar irritada, olhei para Luka e o agradeci: - Obrigada, não precisava ter tido todo este trabalho. - Não tinha nada melhor para fazer, foi divertido. – acenei e me virei para ir embora, quando o ouvi me chamar: - Milla! Olhei por cima do ombro e ele falou: - Seus filhos, Greg e Ivan...- (congelei) - São bons garotos, você fez um bom trabalho. - Não tive tanto trabalho assim, eles são bons porque puxaram ao pai. – e voltei para casa, sem olhar novamente para trás. quinta-feira, 5 de novembro de 2009 Agosto de 2012 - Olá Milla! Há quanto tempo. Ouvi uma voz que há anos não ouvia e levantei os olhos do relatório que eu escrevia sobre ter conseguido espantar um rabicurto de uma propriedade em Plevem. Como tive que usar um dos dos sabujos albinos do Ministerio, eu era a encarregada do relatório final. - O que você faz aqui, Luka? Não temos nada a conversar.- disse tensa. Olhei ao redor e vi que tinha mais dois colegas de departamento em suas mesas. Qualquer coisa poderia pedir ajuda a eles. Desde quando eu me tornei uma covarde? Ergui o queixo e o encarei. Fazia uns cinco anos que Luka havia falado comigo, quando foi até a minha casa, logo após sair de Numengard, inocentado pela morte do pai dele. Como ele já havia cumprido a pena por ter usado a poção Amortentia em mim, ele foi solto. Logo que ele se viu livre, assumiu a herança dos pais, viajou pelo mundo, segundo os relatos de minha mãe, e agora ele estava na minha frente, bem vestido e todo perfumado, como se estivesse indo a um encontro. - Sei que não devia ter feito o que fiz, mas eu paguei pelo meu crime, estou recuperado... - O discurso é bonito, mas nunca vou esquecer o que você me fez. Você tem noção de que podia ter me matado? Não,claro que não. Você não tem idéia do quanto eu fiquei doente... – e minha voz estava soando estridente e meus colegas de departamento se viraram para nós, mas Luka disse baixo: - Milla, eu sei que você nunca vai me perdoar, mas eu não vou usar muito do seu tempo, eu só quero te pedir um favor. - Só isso? - ergui minha sobrancelha irônica e ele continuou: - Eu sei que não tenho o direito de pedir nada, mas eu quero conhecer a Elena. Ela é a única família que me sobrou eu gostaria de fazer parte da vida dela. E acho que ela também tem o direito de conhecer o irmão da mãe dela. – e ele pegou uma foto que estava na minha mesa onde estavam meus garotos e minha sobrinha, durante as férias de verão. - Agora Luka? Um pouco tarde para bancar o tiozão não é? - Depois que saí da prisão, eu precisava de um tempo, não teria sido uma boa companhia, ainda mais para uma criança.- ele disse e como eu ficasse quieta, ele continuou: -Ela é linda e cresceu tanto! Está com 12 anos não é? Está estudando aonde? – ele disse e pelo calor na voz dele, dava até para pensar que ele se importava com ela. -Ela tem 12 anos, está em Durmstrang, é da Othila, e é muito feliz. Você deveria entrar em contato com Yuri, ele é o pai e é quem deve decidir se conhecer você, será bom para ela ou não. Você não deveria ter vindo me procurar.- disse tentando faze-lo ir embora. - Sei que não, mas eu sei que na minha última visita á sua casa eu te assustei e aos seus filhos também...Quem diria você se tornou mãe, nem parece que teve dois meninos, e são tão grandes... Continua linda... - o olhei feio. - Desculpe, não devia ter dito isso. – e quando fui pegar a foto da mão dele, ele segurou minha mão e disse olhando-me nos olhos: - Eu peço perdão Milla, por tudo, por ter agido como agi, mas eu estava totalmente apaixonado por você, e depois da briga com o meu pai, perdi o rumo...Você tinha alguma coisa que me deixava maluco, e perder você, era mais do que eu podia suportar... E também havia aquele outro assunto, eu não tinha muita noção de certo e errado, achava que podia fazer tudo sem pensar nas consequências. - e me lembrei que ele se referia à Sociedade Secreta e ao pai da Evie. - Por favor, peça ao Yuri para pelo menos, conversar comigo e me dar uma chance. Ele devolveu todas as cartas que mandei a ele.- o olhei curiosa, porque meu irmão não havia comentado nada comigo sobre isso. - O que posso fazer é pedir ao Yuri, que pelo menos converse com Elena sobre você, e eles decidirão o que for melhor.Mas isso não significa que você vai fazer parte de minha vida está claro? – falei o mais calma possivel. - Sim, está claro. Obrigado Milla, você não sabe o quanto isso me dá esperanças. Até breve. – e foi embora. Só depois de alguns minutos, eu consegui soltar o porta retratos, e coloca-lo no lugar. E voltei ao meu relatório. Na rua, fora do Ministério Bulgaro, Luka Ivanov, respirou aliviado. Se havia uma lição que ele havia aprendido em Numengard, era que a paciencia era não só uma virtude, mas uma arma poderosa que quando bem utilizada, poderia fazer ruir castelos. E ele havia se tornado um homem muito, mas muito paciente. 0-0-0-0-0-0-0 - - Não acredito que você cogite a possibilidade de conviver com ele.- disse Evie. -Ele não tinha nada que ir falar com você, ainda mais depois do que fez...’Paguei pelo meu crime’. Que cínico. – bufou Vina. - Acho que você deveria pedir uma ordem de restrição contra ele, Milla, isso o manteria afastado. – disse Nina séria e Annia completou: - Não acho seguro que ele fique perto da Lena, ela vive grudada com os primos...Ele pode ser má influência. - Não posso pedir uma ordem restritiva se ele não fez nada. Estava no Ministério onde qualquer um pode entrar e ele não me agrediu de forma alguma. E se eu fizer isso, vou chamar mais a atenção sobre mim. – e ao ver o olhar incisivo delas, eu disse: - Não! O Iago não sabe. E se souber, é capaz de ir atrás dele. Não quero que Micah tenha que prender meu marido por assassinato. – disse baixo enquanto conversava com as minhas amigas, na cozinha de minha casa enquanto nossos maridos e filhos estavam na sala, jogando Imagem e Ação, e fazíamos sanduiches para o lanche. Era um dos encontros que conseguiamos ter durante o ano, quando a agenda da cheia de Evie permitia, e tanto Vina e Nina conseguiram folga em seus plantões. Então resolvemos nos juntar em minha casa e fazer um dia de jogos, como faziamos na nossa república. - Yuri, conversou com ele e vai deixar que Elena o conheça na época das festas de final de ano. Pelo menos será supervisonado, não correremos o risco dele tentar alguma coisa por nossas costas. – disse séria. - E você não tem medo que ele descubra? Qualquer um com um pouco de cérebro e saiba fazer contas, saberia, só de olhar para o... – começou Annia e a cortei: - Tenho um pouco de medo sim, mas nós não vamos conviver, pedi a Yuri que se quiser que Lena conheça o tio, ele o receberá em sua casa, Luka não vai ter que esbarrar comigo, assim não chegará perto dos meus filhos. - Não gosto disso, ele não é de confiança, mas espero que tudo dê certo. – disse Nina preocupada e não pôde dizer mais nada porque Greg entrou correndo na cozinha junto com Ivan, Eduardo, filho de Evie e com Darryl e Oliver, filhos de Annia, e reclamavam de fome. Não demorou muito e levamos bandejas cheias de comida e refrigerantes para a sala, para continuar com os jogos e o bate papo, mas às vezes eu me sentia apreensiva, talvez fosse a minha imaginação, mas desde que Luka apareceu no meu trabalho, eu andava com medo de perder a minha familia. It's in your eyes what's on your mind. I fear your smile and the promise inside. It's in your eyes what's on your mind. I fear your presence, I'm frozen inside. Inside. I just have to know while I still have time: do I have to run or hide away from you? N. Autora: A Dangerous Mind, Within Temptation |